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Método

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A Roteiraria Escola e Hub de Conteúdos acredita no poder transformador da narrativa audiovisual.

A experiência de assistir a um filme, série, minissérie, telenovela, vai muito além do que os olhos do público podem alcançar. Segundo os gregos, há por trás de uma estrutura narrativa dramática (consciente) uma ​technê​.

Ou seja, uma técnica construtiva, que, para a filosofia do período, também era conhecida como método para realização de objetivos, além da implicação de conhecimentos e princípios.

José Carvalho – roteirista, ​script doctor e professor com mais de 30 anos de estudos e prática em cinema e TV – criou a Roteiraria escola e ​hub de conteúdos para disseminar conhecimentos e princípios a partir dessa ​technê.​

Criada em 2016, a Roteiraria tem ampliado a sua oferta de cursos, por onde passam, em média, 300 alunos por ano. Referência no mercado audiovisual, hoje, já são mais de ​19 cursos, entre Rio de Janeiro e São Paulo, na modalidade presencial e para todo o Brasil na modalidade ​online.​

1) Mas em que se baseia essa metodologia?

A teoria dos três campos narrativos, conceito estruturante da nossa metodologia de ensino, encontra respaldo na obra de dois grandes teóricos da imagem: o português João Maria Mendes e o norte-americano David Bordwell.

Baseando-se em livros como ​Por quê tantas histórias: o lugar do ficcional na aventura humana e​ ​Narration in the Fiction Film​, a Roteiraria aplica a teoria dos três campos narrativos dentro da lógica que segue:

  1. O campo representativo (1º campo), ou o equivalente aos princípios da narrativa clássica, é aquele que confere linearidade à conduta de um único protagonista, a partir do que a Poética Normativa, de Aristóteles, chama de unidade de ação;
  2. O campo estrutural (2º campo), ou o equivalente aos princípios da narrativa moderna, é aquele em que o conflito se apresenta em micro-ações, ou muitas vezes de forma não linear, para a conduta de um ou mais protagonistas, a partir de conceitos trazidos pela Poética Filosófica, portal do drama moderno;
  3. E o campo ato (3º campo), ou o equivalente aos princípios da narrativa pós-moderna, em cujo processo de apresentação de situações banais o protagonista ou os protagonistas não possuem meta definida, “deslizam” entre atos puros, sem ​plot (ação) ou traços de personalidade que os definam.

Também temas relacionados ao Melodrama, Romance-Folhetim e Metamelodrama, categorizações de Teorias do Cinema e temáticas afins complementam, se entremeiam e ampliam a teoria dos três campos narrativos.

2) E a prática? Onde entra?

Apresentada a base teórica, é chegado o momento da prática, que se divide em dois pilares: o de análise e o de produção.

Análise​: “decupagem” de produtos audiovisuais, em que haja a aplicação (consciente) dos campos narrativos, de forma isolada ou híbrida. Aqui, o objetivo é levar o aluno ou roteirista à identificação do uso de técnicas e teorias narrativas no ​storytelling​.

Produção​: alguns cursos, especialmente as oficinas, levam o aluno ou roteirista da prática de exercícios de desenvolvimento de conteúdos originais. Os produtos selecionados são apresentados sob a forma de ​pitching e rodadas de negócio às principais produtoras e ​players​ do mercado.

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